O AMOR FAGULHA O DESDÉM
Joaquim Moncks
Não me sussurrava o silêncio
há tanto tempo
que esquecera a sua voz.
Despido, o poema sem sono
vem à cuca.
É líquido o prisma dos olhos.
A solidão rutila esmeraldas e rubis.
Geme em silêncio
a desesperada voz dos aflitos.
O violão sola o canto de mágoas.
A emoção voeja no anjo
de asa quebrada.
E nos telhados,
feito um gato soturno,
o amor fagulha o desdém.
– Do livro BULA DE REMÉDIO, 2004/2009.
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1650838
terça-feira, 16 de junho de 2009
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