Joaquim Moncks
Aqui, na foz do Rio Mampituba, novo dia bonito, sem vento, com o mar sonolento. A aldeia ressona recolhida aos lençóis.
De quando em vez, a massa líquida se espreguiça e se retorce feito uma imensa lagartixa. Lânguida e esquiva.
A refração do sol cria um lençol de brilhos. Ainda ressonariam ali dorminhocas estrelas?
Algumas tainhas rebrilham o lombo à luz multicor. Parecem borboletas sobre um lençol tinto de liquens.
As retinas, extasiadas, bebem o espetáculo.
– Do livro O HÁLITO DAS PALAVRAS, 2008/2009.
http://recantodasletras.uol.com.br/prosapoetica/1773478
domingo, 20 de setembro de 2009
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