terça-feira, 8 de novembro de 2011

O FERRO EM BRASA

Joaquim Moncks

O escrito poético necessita revelar-se ao receptor. Cada qual vê a Poesia de maneira diferenciada, graças aos códigos verbais utilizados pelo autor e o estágio de aprimoramento à recepção. É aquela sensação de estranhamento que nos absorve frente à peça bafejada pelo Novo, amoroso ou crítico, todavia sempre lírico. Uma visceral sutileza verbal que nos marca a pele como fora um ferro em brasa. Plausível alumbramento que carregaremos pela vida em fora, como fora a repetição do fato real dentro de nós: suas seqüelas de perdições. Tatuagem permanente.

– Do livro SORTILÉGIOS, 2011.
http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/3324512

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